sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Solidariedade maçônica


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A solidariedade é um dos principais atributos que os maçons praticam em suas potências espalhadas pelo mundo. Eles se reconhecem e ajudam-se fraternalmente em qualquer situação em que se encontrem; isso também é válido para as cunhadas e sobrinhos, ou seja, as esposas e filhos dos maçons, sem distinção de fronteiras, credos, raças, posição social ou política, cor ou qualquer outro atributo que possa, de alguma forma ser considerado discriminatório.
Mas os maçons não são solidários apenas entre si. A caridade, assim como a fé e a esperança fazem parte da formação maçônica estendendo-se amplamente nas instruções ministradas em nossa Ordem, pois apesar de não ser uma religião a maçonaria não nega a seus membros a prática religiosa conforme a tradição ritual de seus cultos.
Uma das únicas imposições que a maçonaria faz aos seus adeptos, é que creiam em um princípio criador, ao qual ela denomina O Grande Arquiteto do Universo, mente suprema capaz de dotar o homem de inteligência suficiente para que ele consiga discernir o bem do mal.
As reuniões maçônicas são realizadas sob a orientação do livro sagrado da crença dos seus membros, ao qual chamamos Livro da Lei. No nosso caso, que somos maçons ocidentais onde a maioria tende para o cristianismo, esse livro corresponde às escrituras sagradas que usamos em todas as vertentes cristãs, ou seja, a Bíblia.
Independente disso, maçons utilizam-se do Grande Mandamento que o mestre Jesus nos legou: “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo...”. E é tentando seguir esse belo preceito que nos arriscamos a ser solidários com a humanidade procurando pessoas que tenham necessidade de auxílio para prestar a beneficência maçônica onde ela se fizer necessária. E tudo isso obedecendo à orientação do Mestre de “não deixar que a mão direita saiba o que faz a esquerda”. Todo trabalho de caridade que nossa Ordem procede é realizado dentro do mais estrito sigilo para que a vaidade não tome lugar no coração de cada membro.
Nós maçons, levamos ao pé da letra um dos dísticos seculares de nossa Ordem: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, mostrando que todos os homens são livres, têm os mesmos direitos dentro da sociedade e devem se tratar como irmãos, independentemente de sua origem, de seu país ou de seu credo. A maçonaria é universal e universalista, e se reveste de uma atitude solidária, tolerante e compreensiva, buscando uma nova era onde o amor seja a máxima que dirija o homem na sua trajetória terrestre.
Ser maçom, portanto, é procurar estar acima das vilanias e torpezas, buscando dar à condição humana qualidades próprias de integração com o Todo Universal. Não estou afirmando que o maçom é perfeito, mas apenas que ele conhece a Lei e busca se aprimorar desbastando a sua pedra bruta afim de torna-la polida e apta a integrar a construção do templo interior de cada um.
Não poderia finalizar sem afirmar que é dentro de cada um que se encontram as condições de evolução e melhoria individual que, se alcançadas por muitos poderá, sim, mudar o pensamento da humanidade. O maçom, então, age como o beija-flor da fábula que, ao ser questionado da inutilidade de transportar água em seu bico para apagar o incêndio na floresta, diz: “Estou fazendo a minha parte”. Faça também a sua.


Fernando Gimeno – 16/07/2016

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