Ser feliz é muito bom
Quando fui solicitado para escrever
sobre temas motivacionais, deparei-me com um dilema interessante. Muitas vezes
eu sabia como incentivar as pessoas para praticarem determinadas virtudes, mas
não sabia como fazer para modificar a mim mesmo. A conclusão que cheguei é a de
que somos sempre professores quando se trata de demonstrar algo e péssimos
alunos quando precisamos seguir aquelas mesmas lições que ensinamos.
Muitas vezes nos perguntaram: o que
é a felicidade? E via de regra respondemos: felicidade é um estado de espírito!
Será mesmo? E o que se entende por “um estado de espírito”? Qual seria a chave
secreta para atingir a benção de alcançar essa tal felicidade?
Muita gente coloca a felicidade
como a obtenção de alguma meta ou fantasia material ou sensual. Isso certamente
pode trazer uma felicidade momentânea, mas totalmente fugaz. É, por exemplo, a
felicidade do menino que ganha um brinquedo, brinca durante algum tempo e
depois o joga de lado elegendo um novo devaneio que norteie seus desejos.
Não sei, mas acho que felicidade
tem a ver com a quantidade de amor que podemos reter e armazenar dentro de nós
mesmos. Se pararmos para analisar vemos que quase todos os poemas que falam
sobre felicidade, falam também de amor; mas não o amor paixão, atração dos
sexos nos fugidios e prófugos instantes de ardor e entusiasmo quando da união
dos corpos. O amor virtude sim, pois ele faz com que a alma se ligue no
sentimento do belo. O amor virtude não dá lugar à dor; ninguém pode sofrer de
amor. A lágrima de amor é a lágrima da pureza, do sentimento bucólico, puro,
ingênuo, casto, inocente, modesto... isso me faz lembrar um trecho do poema de
Vinicius de Moraes: “... a felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de
flor; brilha tranquila e depois de leve oscila e cai como uma lágrima de
amor...”
O dinheiro é a meta de felicidade
da grande maioria das pessoas; infelizmente elas não vêm que, se o homem não
estiver resolvido consigo mesmo não adianta ter rios de dinheiro, pois sua vida
será sempre insípida e vazia, haja vista o enorme número de suicídios que
acontecem nos meios da “high society”.
Os vícios, as drogas, os desejos torpes inúmeras vezes são os fanais que
norteiam o homem nessa sociedade de consumo onde a profundidade e volume do
bolso valem mais do que os valores éticos.
Sentir felicidade em pequeninas coisas
como um belo pôr do sol; o sorriso de uma criança; o beijo da mãe em seu filho;
a solidariedade e ajuda ao próximo... sentir felicidade no afago da mão de
alguém que se ama ou na carta de um ente distante... na amizade desinteressada,
mas regada de conversas sadias e goles de um cafezinho ou num brinde de
natal... numa cena no teatro ou numa música bonita... num abraço apertado...
São tantos os momentos que nosso
espírito pode transcender!...
Ser feliz é ter e reconhecer que
estes pequeninos momentos superam as crises, o estresse, a tristeza, o mal
humor, as rusgas, os desentendimentos, ou seja, todas as farpas do mundo
moderno. É ter a predominância do belo
sobre o feio, do alegre sobre o triste, do bem sobre o mal...
A Maçonaria traz o lema “fazer
feliz a humanidade”. Sejamos felizes então. Com certeza será bem mais gostoso.
Fergi Cavalca
e vai presentear acesse o site